O papel da OAB e os interesses da Câmara
A decisão da OAB, baseada na interpretação da lei, que tenta impedir o exorbitante reajuste do IPTU de Ilhéus desmoraliza a Câmara de Vereadores da cidade e mostra o quanto os vereadores são subservientes ao Poder Executivo. Foi a Câmara quem aprovou o reajuste, agora questionado, à toque de caixa e não se sabe a troco de que. Muitos nem souberam "o que" erstavam aprovando. Mas aprovaram. Foram os vereadores que não pensaram duas vezes e, entre os benefícios de cargos e esmolas de obras, esqueceram os interesses reais da população e votaram contra ela.
A manifestação da OAB da Bahia que levou a inquietude da cidade ao debate em seu Conselho Pleno separa o joio do trigo. Em sua análise, além de entender que o que a Prefeitura promove, de fato é "um confisco ao contribuinte", a OAB mostra a sua cara para dizer ao Poder Legislativo local: entre a subservivência e a lei, não há por que titubear. Que se apresenta como independente, sabe qual é de fato a sua escolha a ser feita nesta hora.